domingo, 12 de setembro de 2010

Mirando as trupes


Nunca vi trapos tão bonitos nem Piollin que faz a cabeça tão bem. Fui parar pra ouvir umas quentinhas da Tia Jolanda no portão do prédio e vi chegar uma tal Trupe Trapos Dell'Arrua. O bairro virou um cenário tão bonito com um clima de final de semana ensolarado. A garotada batendo uma pelada na quadra, uma cervejinha no boteco, as comadres botando a conversa em dia da janela do prédio e “Uma mulher, uma história, várias máscaras” rolando no dia a dia da Cidade Tiradentes (um bairro que respira Teatro).


Todo mundo parou e se divertiu com a Trupe. Tinha tanta criança assistindo que a dona do pedaço garantiu: “Esses atores aqui na porta de casa é um oferecimento da mamãe aqui criançada!”. Êta coisa chique hein! Se eles são trapos da rua, são dos que vestem nossa imaginação.


Na sequência, quem veio fazer nossa cabeça lá dentro do Centro Cultural foi o Piollin. Piolho de pomba pega? Não sei não, só sei que a peça pegou. Os atores mal descansaram da viagem da Paraíba até aqui e já caíram em cena. E levou o público a cair na risada com o neguinho Benedito e suas histórias.


Os atores esqueceram o cansaço e se entregaram ao jogo com vitalidade, alegria e musicalidade para mostrar o espetáculo “Casamento de Branco”, do Ponto de Cultura Centro Cultural Piollin. Uma história tão nossa que todo mundo se identificou com a identidade deles.

Paraíba é Tiradentes, gente! E eles ainda esticaram a prosa num bate-papo animado, que aproxima mais ainda as pessoas do teatro. Foi a continuidade de um dia tão bom que eu me vi com aquela cervejinha que ficou na praça.


Bom, é melhor eu ir parando por aqui porque se o Encontro continuar assim vou ficar com o zóio cheinho d'água.


fotos: Jonatha Cruz



Cego Miro, o olheiro do Encontro

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